sábado, março 06, 2004

A saga do pombo que gostava de caviar! "Di?rio de um colomb?filo"

Em todas as epocas, a humanidade tentou mostrar de muitas formas os seus sentimentos, arranjou amigos imaginarios, bonecos de trapo confidentes, encontrou at? semelhan?as entre o ser e o animal...
Por puro acaso do destino, e inconscientemente isso j? me aconteceu.... E ? assim que a minha est?ria, come?a.:
Mais um dia como dias, outros sem coisa nenhuma que fazer, a pensar na vida, a pensar em tudo, naquela janela com a cidade de Lisboa a meus p?s, e eu a divagar com a mente e o olhar, por todas as pessoas que passam, e que transpiram a cidade. Um ponto a meio da rua, onde apenas um pombo est?, embrenhado nos seus afazeres, de pose altiva, mira os que passam apressados, e se atropelam com a pressa do costume rotineiro.
Todos os dias ? mesma hora, l? esta ele, o "meu pombo", alheio aos da mesma especie, esquivo de um mundo que ? de todos, no seu pedestal, naquele beiral adornado... Eu apenas sou mais um, no meu beiral, esperando encontrar um milho, qe possa tragar, que possa satizfazer a minha fome enchendo o meu "papo", e juntar-me a todos os outros que passeiam nas ruas dessa Lisboa. Adeus e boa noite meu "pombo", vou-me deitar...
? demanh?, e eu corro apressado para aquele autocarro do costume, agora sim, tambem entrei na rotina, na azafama da cidade, no bando de pombos que debica o milho, que um alguem, lhes mandou.
Hoje parece que Lisboa est? ainda mais bonita, muita gente, o sol, o calor, o meu "pombo",que tentar descer do seu beiral, e juntar-se ao festim gastronomico dos seus iguais. Finalmente cheguei ao emprego, (Loja do Cidad?o- Restauradores- sim, mais um funcionario p?blico), muita gente ja esta em pulgas para entrar nessa burocracia, e papeis aos montes, que se perdem de vista. Tudo corre normalmente durante a manh?, mas ao inicio da tarde, algo estranho acontece, o ch?o abana debaixo dos meus p?s, n?o devido a qualquer actividade sismica, mas,sim porque, l? em cima, num outro beiral, encontrei a "minha pomba".... Mas... ent?o reparei com dedicada aten??o, que, tinha guarda costas... menos mal pelo menos tem quem lhe proteja as costas....
Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrriiiimmmmmmmmmmmmmmmmmmm Trrrrrrriiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmm
Oh n?o, era o despertador; acordei, do que afinal n?o passava de um sonho, e mais uma vez vou ? janela e l? estava ele o "meu pombo", no seu beiral, na sua pose relativamente imperial, a olhar para tudo, a captar o aroma da manh?...( Ele anda um pouco magro, nunca o vira a comer milho junto aos outros).
Foi ent?o que reparei num obejecto brilhante ao seu lado direito, a reflectir os raios solares, desci do parapeito, vesti-me apressadamente, e sa? para a rua a correr, como que possuido por uma vontade e um curiosidade estranha e fora do normal. corri, corri, subi as escadas do predio onde vejo o "meu pombo" todos os dias, e ao chegar ao telhado, dirigi-me cautelosamente para o beiral, foi ent?o que consegui ver que objecto brilhante era aquele... Uma especie de lata achatada, com um peixe desenhado?????
Pois ?, o "meu pombo" gostava de caviar...

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